o que tira seu sono?

tempo, dinheiro e gente: isso diz muito sobre quem somos (?)

um texto rápido de uma inquietação insistente. ainda quero desenvolver mais sobre isso, mas deixo essa parte pras conversas ao redor da mesa com os amigos e pra quem quiser me ajudar pela web. confesso que o texto ficou até meio “desconectado”, mas confio na inteligência de vocês, haha.
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eu nem iria escrever hoje (preciso preparar muitas coisas pra um final de semana cheio), mas após ler a notícia que o dono da Zara — aquela do trabalho escravo — teria se tornado a pessoa mais rica do mundo, não consegui me manter calado. não que minhas palavras sejam importantes (não são nem boas), mas uma questão toma conta da minha cabeça por esses dias e eu queria dividir com o ninguém-todo-mundo-ninguém que é a internet.

vivemos num tempo onde estamos super-preocupados com a tal da crise econômica e política // vale lembrar que só temos crise política por termos crise econômica. a corrupção “do outro” não nos incomodava enquanto “nossa economia crescia”. // a crise nos inunda com números pela tv. esses números, por diversas vezes nem mudam nada na nossa vida cotidiana (não estou negando o aumento dos preços, as dificuldades, nem nada do tipo). ainda assim insistimos em garantir nossa dose de informação, preocupação e ansiedade.

mas, e as pessoas? a crise das pessoas? e o outro? isso mesmo! parece um baita de um papo careta (também acho) e a-político, mas é a mais bela forma de fazer política.

a política existe pelo bem do outro. pelo bem comum.

descrevemos o sistema econômico mundial com uma frieza e sistemática que parecemos dominá-lo. só que mal conseguimos sequer controlar nossas finanças pessoais mensais.

descrevemos as pessoas com uma cara de dó e dizemos sentir pena de muitas delas. só que não conseguimos sequer perguntar o nome do garçom que nos serve naquele restaurante que gostamos.

vou parar de ficar dando voltas e ser direto. deixa eu tentar explicar um pouquinho…

por esses dias li no Face de um amigo:

A relação que temos com o dinheiro é menos racional que pensamos, e mais afetiva que imaginamos.

aí me quebra, né!?

quanto tempo gastamos por dinheiro?

quanto tempo gastamos por alguém?

quantas vezes perdemos nosso sono por falta de dinheiro?

quantas vezes perdemos nosso sono pela falta de alguém?

somos mais afetuosos para com o dinheiro do que para com as pessoas.